VOLTA DAS TRANSIÇÕES DE BIKE
PERRENGUE… PRÁ QUE TE QUERO?
Viajar de bicicleta é igual à jornada da vida!
Para seguirmos adiante, nos movemos com nossa própria energia, escolhemos nossa bagagem e carregamos o peso que ela representa.
Estamos totalmente sujeitos às intempéries do clima, mas podemos nos equipar para amenizar seus efeitos.
Ora estamos subindo, suando, batimentos a mil, ora descendo, deslizando, contemplando as paisagens e absorvendo a paz da simplicidade, como recompensa do esforço.
Nos deparamos entre escolher encarar os eventuais imprevistos inerentes à empreitada com serenidade, fortalecendo nossa capacidade criativa e de adaptação, ou com aflição e ansiedade reforçando nosso egocentrismo.
Mas o melhor de tudo mesmo são as pessoas!
CICLOVIAGEM VOLTA DAS TRANSIÇÕES – MG
O circuito Volta das Transições localizado na Zona da Mata e Sul do estado de Minas Gerais, foi inaugurado em 2016, tem 380 km de extensão e abrange 10 municípios.
Está dividido em 7 etapas totalmente mapeadas, sinalizadas e com infraestrutura para atender os cicloviajantes.
O nome Volta das Transições é devido às mudanças de relevo, vegetação, clima, história e cultura que compõe o trajeto, enriquecendo a experiência daqueles que ali circulam.
É uma viagem com aquela pitada de simplicidade, beirando a ingenuidade do povo mineiro. Com aquele toque de prosa e cantoria quase sem fim, com aquele sabor de quitutes fresquinhos do fogão à lenha da vovó…
No site oficial do circuito pode-se obter as planilhas, mapas e informações detalhadas.
De 20/08/17 a 27/08/17
Dia 1 – Santa Rita de Jacutinga ao Vilarejo do Funil
Os primeiros 38 km são em terreno praticamente plano até a cidade de Rio Preto, que fica no pé da Serra do Funil. Pit stop do dia para uma leve refeição, porque, a partir daí, começa uma das partes mais difíceis de todo o circuito: a longa subida da serra com trechos íngremes.
Dia 2 – Vilarejo do Funil a Lima Duarte
O segundo dia começa do alto da serra, com o trajeto variando entre subidas e descidas, riachos, pastos e plantação de eucaliptos. De cima com o visual mais amplo, dá para ver de longe um pico que se destaca nas montanhas: o Pico do Pão de Angu. O caminho vai passar por trás dele!
A parada para o lanche na cidadezinha de Olaria, já na parte baixa do percurso, fica a 16 km do fim dessa etapa.
Dia 3 – Lima Duarte a Bias Fortes
Saindo da área urbana, a continuação do caminho por estradão de terra é um sobe-desce tranquilo, até o trecho de asfalto da cidade de Pedro Teixeira. Na sequência, tem um paredão para encarar, mas ele é curto! A parte final do trecho até Bias Fortes é seguindo a estradinha de terra, estreita e sinuosa.
Logo depois de subir o paredão saindo de Pedro Teixeira e iniciando uma forte descida, a corrente escapou para dentro da roda. Travou tudo! Não sei como não caí! Para minha sorte, em poucos minutos, fui socorrida pelo motorista desse caminhão, que tinha errado o caminho, passando pela estradinha de terra onde eu estava!
Dia 4 – Bias Fortes a Santa Rita de Ibitipoca e desvio para Conceição do Ibitipoca
Alterando o roteiro oficial do circuito, o pedal do dia foi até Santa Rita de Ibitipoca e depois para Conceição do Ibitipoca. A cidade de Ibertioga e a localidade de Santana do Garambéu, ficaram de fora.
Motivo: Incluir 1 dia de trekking no Parque Estadual do Ibitipoca, para visitar a cachoeira Janela do Céu.
Dia 5 – (sem pedal) – Trekking Parque Estadual do Ibitipoca
Trilhas, rios dourados, lagos cor de coca-cola, cachoeiras, grutas, ponte de pedra…
O parque possui trilhas auto-guiadas com os 3 níveis de dificuldade: baixo, médio e alto.
Atenção: O parque tem limite diário de visitantes, é aconselhável chegar cedo.
Para mais informações consulte o site do parque.
Dia 6 – Conceição do Ibitipoca a Bom Jardim de Minas
A geografia dessa etapa é bem diversificada! Trechos serpenteando os morros, paredões, descida alucinante, terrenos planos e às margens do rio.
Dia 7 – Bom Jardim de Minas a Santa Rita de Jacutinga
Saindo da área urbana, os primeiros quilômetros contornam a serra em estradas de terra e asfalto, com subidas moderadas e descidas generosas. Em seguida, começa uma trilha (single track), de 10 km, que, de início se apresenta fácil, mas, depois vai se tornando difícil. O terreno é estreito, extremamente técnico e com pedregulhos em sua maior parte. Na sequência, em um grande pasto, encontra-se o acesso para a Cachoeira do Boqueirão da Mira (tem placa).
Seguindo o curso do rio (ali não encontramos marcação do caminho), um pouco mais adiante, tem o vilarejo do Cruzeiro e com mais 10 km de pedal, completa-se a Volta das Transições.
Pousadas
Dia 0 – STA. RITA DE JACUTINGA
Pousada Meu Canto – Apesar das instalações terem boa aparência, o atendimento deixou a desejar e não tem estacionamento. Sugiro a Pousada da Vó Judith (veja no dia 7).
Dia 1 – VILA DO FUNIL
Pousada Casa Cambuí – O acolhimento da família é especial, comida caseira de qualidade e a acomodação no chalé é boa.
Dia 2 – LIMA DUARTE
Gabvini Hotel – O hotel urbano tem boa estrutura e tem um bom bufê de café da manhã.
Dia 3 – BIAS FORTES
Pousada Fazenda da Serra – A pousada rural, com chalés no meio da natureza, comida caseira no fogão à lenha e hospitalidade prá lá de especial é parada obrigatória!
Dias 4 e 5 – CONCEIÇÃO DO IBITIPOCA
Pousada Nova Aldeia – Fica próxima à vila, com boa acomodação.
Dia 6 – BOM JARDIM DA SERRA
Chalés Camará – Boas e novas instalações, porém não oferece opção de alimentação. Localiza-se em um sítio a 3 km da cidade, sem comércio na redondeza. Recomendo se abastecer antes, ou procurar outra acomodação na área urbana.
Dia 7 – SANTA RITA DE JACUTINGA
Pousada da Vó Judith – Instalações muito simples, porém limpas, atendimento atencioso e tem estacionamento, o carro fica em local seguro durante os 7 dias de viagem.
Distância total pedalada
332 km
Quantidade de dias pedalados
6
Média diária pedalada
55 km
Elevação total acumulada
8.246 m
Dia 1 – Santa Rita de Jacutinga ao Vilarejo do Funil
58 km – elevação: 1.542 m
Dia 2 – Vilarejo do Funil a Lima Duarte
56 Km – elevação: 897 m
Dia 3 – Lima Duarte a Bias Fortes
53 Km – elevação: 1.194 m
Dia 4 – Bias Fortes a Santa Rita de Ibitipoca e desvio para Conceição do Ibitipoca
47 km – elevação: 1.614 m
Dia 5 – Parque Estadual do Ibitipoca
Trekking 20 km (dia sem pedal)
Dia 6 – Conceição do Ibitipoca a Bom Jardim de Minas
68 km – elevação: 1.805 m
Dia 7 – Bom Jardim de Minas a Santa Rita de Jacutinga
50 km – elevação: 1.300 m
Média de gastos por dia
Refeições: R$ 30,00
Pousadas: R$ 70,00
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2 Comentários
Antonio Carlos Heil
Olá. Parabéns, gostei muito do relato, bonitas fotos e todas as informações sobre hospedagem. Um circuito bem isolado, da qual é o meu preferido.
Forte abc a todos.
Antônio Carlos Heil
Joinville/SC
https://melhoridade.odois.org/
Déa
Olá Antonio Carlos! Obrigada pelo seu comentário! Fico super feliz que tenha gostado! Já vi que também tem um blog, vou correndo lá conhecer os seus relatos também! Abraços :))