ARIZONA – USA: UMA VIAGEM DE CONEXÃO INTERIOR
A REAL ESTRADA
Sigo na direção contrária
No ritmo da natureza
De simplicidade
De dureza
Me agarro no abraço, no olhar, no sorriso
E nas lágrimas que lavam a alma
Para com calma
Libertar a essência do meu ser!
Escrevi esse bilhete, transbordando de emoção, para dar de presente ao namorado, junto com uma camisa de ciclista, às vésperas da nossa primeira cicloviagem pela Estrada Real, em 2015.
Mas o que isso tem a ver com o tema desse post?
Tem a ver porque essa é a parte mística da viagem.
Quando programei a ida para a Califórnia (veja post), incluí o Grand Canyon e a cidade de Sedona, no intuito de captar as energias curativas da natureza.
Eu precisava aliviar uma dor na alma causada pela falta de conexão comigo mesma, que só veio à tona, quando tomei o toco desse namorado, no auge da paixão.
Olha lá de novo a minha “oração”…
“Peça e será atendido”!
O que a gente pede, a gente recebe!
Isso é para ser levado a sério!
De 25/11/17 a 03/12/17
FLAGSTAFF
Escolhi a cidade de Flagstaff, que se localiza entre o Parque Nacional Grand Canyon (south rim – borda sul) e a cidade de Sedona, para me hospedar por uma semana, por questões de logística e economia.
Que surpresa boa! A pequena cidade é uma gracinha, estilo faroeste, com a estação de trem bem no meio.
É bastante movimentada e tem boa estrutura para atender os visitantes: aeroporto, hotéis, bares, restaurantes e pontos turísticos interessantes que contam a história da região, além de fazer parte da lendária rodovia “Route 66”.
Foi ali, interagindo com os outros hóspedes do hostel e ouvindo as suas histórias de andanças por esse mundão, que atiçou ainda mais o meu espírito aventureiro.
Aluguei um carro para ter mais liberdade de locomoção e foi tranquilo dirigir, sem GPS, porque as estradas são bem sinalizadas.
A única preocupação que tive foi se eu saberia colocar a gasolina correta, recomendada pela locadora de veículos, sem ajuda de um frentista. Não tinha como errar! As bombas de gasolina tem mangueiras com diâmetros diferentes, de acordo com cada tipo de combustível, encaixando certinho no tanque do carro.
Vencido esse desafio, senti o poder da Mulher Maravilha!
– Agora ninguém me segura! – comemorei.
GRAND CANYON
O Grand Canyon é indescritível! Uma obra de arte surrealista! A primeira imagem dessa grandiosidade formada na minha retina me deixou de queixo caído e me fez chorar!
Considerado uma das 7 maravilhas do mundo natural, esse acidente geográfico tem cerca de 445 km de comprimento, 30 km de largura e 1,5 km de profundidade. Fui 3 vezes ao parque e não conheci nem a metade!
De início caminhei na trilha da entrada principal (Rim Trail), na parte alta, que tem acesso fácil e plano. Essa trilha é como um cartão de visita, que oferece uma visão panorâmica do “empreendimento”.
Visitei a torre de observação Desert View Watchtower, que fica a 35 km do centro de informações (visitor center), onde dá para ver, de cima, o Rio Colorado. O local também preserva a história das tribos ancestrais que viviam na região. Vale muito a pena investir algumas horas lá! Me senti como uma criança quando ganha brinquedo novo, explorando cada detalhe.
Das trilhas que o parque possui, percorri a Bright Angel até Plateau Point, local onde também avista-se o rio bem de perto. Foram 20 km em 7 horas de caminhada com desnível de 1.000 metros (primeiro desce para depois subir ) e oscilação de temperatura entre – 6º C e 25º C. Céu azul de brigadeiro! Coisa mais linda! Ali pude sentir a vida pulsando nas mais diferentes formas e reforcei o meu respeito à força implacável da natureza!
Esse contato direto e intenso com o Grand Canyon estreitou ainda mais os meus laços com a Mãe Terra e despertou a minha vontade de também praticar o trekking como esporte.
SEDONA
A 1 hora de carro de Flagstaff por uma rota com belas paisagens, a pequena e mística cidade das montanhas vermelhas é destino de turistas do mundo todo, que vão em busca dos seus centros de energia (vórtex).
Eu imaginava encontrar um local rústico, participar de um grupo de meditação aberto a convidados, fazer uma sessão de alguma terapia holística e, até quem sabe, receber umas baforadas de algum pajé fazendo suas rezas…
Mas Sedona é chique! Tudo lindo! Desde as lojas de souvenir até os spas de terapias holísticas e centros de meditação. É também muito cara, voltada principalmente para o turismo de alto poder aquisitivo. A tabela de preços dos serviços tinha o valor inicial de U$ 100. Não era para o meu bolso naquele momento.
Porém, como tudo tem uma alternativa, fui atrás dela! Ao pedir informações no centro de visitantes, sobre o que fazer na cidade, o doce senhor que me atendeu destacou no mapa os pontos turísticos gratuitos, me recomendando: – Já que é a sua primeira vez aqui, vá onde não precisa pagar para entrar! Obedeci.
A experiência em Sedona foi realmente marcante, como mostra a carta que fiz logo após a minha visita à cidade.
Ali, o Universo tratou de me enviar um sinal bem evidente, para eu começar a me dar conta de que temos uma linha direta, muito poderosa, com ele e com todos!
Ah Sedona…
Fui respirar o seu ar, tentar captar a energia dos seus pontos de vórtex, mas a existência de enormes e lindas casas bem próximas desses pontos, me deixou desapontada…
Tentei subir na parte mais alta da trilha da Cathedral Rock, mas a pedra lisa da sua montanha me fez sentir medo. Fui até onde pude e sentei para meditar. Difícil tarefa! Mas o segundinho de interiorização valeu o esforço!
Coisa boa foi sentir a energia do amor, logo depois, ao entrar na capela encravada em outra de suas montanhas – Chapel of the Holy Cross. Foi uma sensação emocionante, independente de religião!
Curioso foi ter descoberto no segundo dia de visita, ao acaso, a Stupa budista tibetana “Amitabha”, na Thunder Mountain.
Estava voltando do meio da trilha, sem ter ido até o final, chateada por ter visto mais construções afrontando sua natureza, quando bateu um sentimento de tristeza e impaciência, também por não ter conseguido captar sua energia de cura.
Ali resolvi ficar de mal com você… Você não era nada daquilo que todos falavam…
Caminhando mal-humorada, vi várias pedrinhas empilhadas no chão. Saí da trilha seguindo o jardim de pedras, ensaiando uma desculpa para dar ao eventual dono da propriedade, que eu imaginava estar invadindo.
Então você me apronta uma surpresa!
Me deparei com um templo budista ao ar livre, um lugar singelo, pacífico e acolhedor!
E como se não bastasse, você me assopra um vento gentil que fez soar um sino dos ventos, que estava pendurado em uma árvore, para me receber! (veja vídeo no fim do post).
Instantaneamente fui inundada pelo sentimento de gratidão e paz de espírito!
Foi lindo! Obrigada!
Pontos de Vórtex
(Clique no link acima)
∇ Airport Mesa
∇ Bell Rock
∇ Boynton Canyon
∇ Cathedral Rock
∇ Chapel of the Holy Cross
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